Remorso
O céu de súbito pôs-se negro e o vento à solta parecia querer derrubar montes, castelos e vidas.
— Eduardo, meu filho! – gritou a mãe.
E o pequeno que deixara de brincar, cego pela poeira e assustadíssimo pelo brusco desaparecimento da luz do sol, deitou a correr para casa. Batia-lhe de frente a ventania dificultando-lhe a corrida. Um remoinho de folhas secas ergueu-se descompassado. Eduardo chegou.
— Mas, vens a tremer, meu filho?
— Sim, minha mãe, tenho frio.
E, com efeito, nessa manhã suavíssima de Outono o vento fez-se cortante como nos dias baços, chuvosos e doentios de Janeiro. Eduardo, a pouco e pouco, ia ficando tranquilo. Entretanto, o vento, numa lamúria, desgrenhava as árvores, partindo-as, e a chuva, torrencial, dava-nos a impressão de alagar o Universo.
Os relâmpagos iluminavam a terra e o céu. A casa estremecia e algumas telhas abalavam como flechas pelos ares.
— Não tenhas medo, meu filho. Deus protege o nosso ninho.
Eduardo, então, desatou a chorar, e por mais que a mãe lhe perguntasse a causa daquele choro, não respondia. E, sempre a chorar, lembrava-se, com certeza, do ninho de passarinhos que destruíra nessa manhã.
Os Contos de António Botto
Marginália Editora, s/d
Adaptação
emile e giovanna 5°ano e
ResponderExcluiré um texto que transmite uma informação que expressa a criatividade
Meu nome é Thiago do 5 Ano E gostei da história, porque trata de um caso que muitas pessoas fazem, que é destruir o meio ambiente. O menino ficou com a consciência pesada porque fez mal ao ninho de passarinho.
ResponderExcluirPor isso, não faça mal ao meio ambiente preserve!
Meu nome é Brian Lucas eu sou do 5 Ano E, eu achei a história bem interessante pois ela se trata da preservação do meio ambiente.
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