Esse texto é bastante interessante. Leiam, interpretem e relacionem o mesmo com os debates feitos em sala. Aguardamos os comentários de vocês...
O Menino Arvóre
Aurélio de oliveira
seed editorial
1...2...3...4...5...6...7... Todos saíram em disparada, enquanto Aninha, de olhos fechados contra a parede, contava até cinqüenta para a turma se esconder.
- Vamos lá, pessoal! Tratem de se esconder direitinho, porque eu vou encontrar todo mundo! Paulinho enfiou-se debaixo de um tanque.
Laura entrou na garagem e se encaixou atrás de uma escada.
Júlia correu para atrás de um tambor. Pedro ficou agachadinho atrás do latão de lixo.
Pérsio, o mais velho da turma pulou o muro e correu na direção do pomar. Foi se esconder atrás de um pé de abacate.
“Aqui ela não vai me achar!”, pensou ele sentado ao pé do tronco.
Depois ficou assim meio arrependido por ter arrumado um lugar tão difícil. Encostou a cabeça na árvore e ficou sentindo o arzinho fresco que vinha das folhas do abacateiro. Descobriu um prego velho jogado ali; com ele, começou a riscar um coração no tronco da árvore. No meio do coração escreveu ANINHA... Não teve coragem de escrever o resto. Encostou de novo e... estava gostoso ficar ali...fresquinho...
De repente, acordou assustado e viu que tinha se transformado numa pequena árvore. Plantada bem ao lado daquele abacateiro. Seus braços eram galhos compridos com muitas folhas. Na parte de cima do tronco, dois nós da madeira eram como dois olhos.
- E agora? — perguntou-se. — Virei uma árvore! O que eu faço?
— Ora... — respondeu o abacateiro com uma voz grossa.
—... ser árvore é como ser gente. Gente não nasce?
— Nasce!
— Não cresce?
— Cresce!
— Não morre?
— Morre!
— Então... — continuou o pé de abacate.
— , ... basta você respirar, comer e ir vivendo.
— Árvore come??? — perguntou Pérsio.
— Que bela árvore você me saiu! — brincou o abacateiro.
— Eu nunca fui árvore na minha vida! — protestou o menino-árvore.
— Presta atenção: aí debaixo de você há raízes que retiram do solo água e sais minerais. Isso vai subir através do caule, que é o seu tronco, até chegar às folhas. Aí as folhas, usando o sol, fazem uma coisa chamada fotossíntese, que produz o alimento a ser distribuído por todo o seu corpo.
— Caramba! Nunca pensei que...
— Silêncio! — disse o abacateiro. — Vem gente aí...
Aninha entrou correndo no pomar, parou entre o menino árvore e o pé de abacate, e ficou olhando para todos os lados. Claro que estava procurando por Pérsio, pois toda a turma já havia sido descoberta. Achou um preguinho no chão, e com ele riscou um nome no abacateiro e saiu correndo.
— Ora vejam! — exclamou o abacateiro. — Ela está apaixonada! Mas vamos continuar: está vendo essas flores? Elas são responsáveis pela produção dos vegetais, pois algumas delas transformam-se em frutos que contêm as sementes. Essas sementes, depois de plantadas, dão origem a uma nova planta. Aí surgem novas flores, novos frutos...
— Que nome ela escreveu em você? — perguntou Pérsio, tentando olhar para o tronco do abacateiro, mas em vão, pois suas raízes fixavam-no no solo.
— Deixa eu ver... hummm... acho que é... não está dando para ler... começa com P, depois vem um e... Pe... não consigo...
— Faça um esforço! — implorou Pérsio todo angustiado.
-— Calma... estou tentando... vejamos... não dá pra ler direito... Deve ser Pedro...
— O quê??? — gritou Pérsio. — Pedro? Só me faltava essa! Por isso estou verde até a raiz... de tanta raiva!
— Não! – corrigiu o pé de abacate. — Você está com essa cor porque suas folhas contêm uma substância verde chamada clorofila que, usando a luz do sol, nos ajuda a fazer a fotossíntese, respirar e nos alimentar...
— Droga... — continuou resmungando o menino. — Quem é que pensa em se alimentar e respirar depois de uma surpresa dessas!
— Bem ... — disse o abacateiro. — Eu não sei de você, mas à noite, quando não há mais a luz do sol, eu paro de fazer a fotossíntese e encerro minha produção de alimentos. No dia seguinte, eu começo tudo de novo. Agora, amigão, de respirar eu não paro nunca... aliás eu me sinto muito bem em contribuir para a purificação do ar no planeta...
— Abacateiro ... — cortou Pérsio.
— O que é menino?
— Você já se apaixonou?
— Já... por uma Caviúna. Mas cortaram a coitadinha e a levaram embora pra fazer armário embutido. Foi muito triste... um dia vão cortar você também...
— Não! — gritou o menino. — Ninguém vai me cortar... ninguém, tá ouvindo?
— Vai sim!
— Não vai! Não vai! Não vai!
— Te peguei! — gritou Aninha acordando Pérsio que deu um pulo, todo assustado. — Seu folgado... você estava dormindo... só faltava você! Vamos embora!
Os dois foram saindo do pomar, mas antes Pérsio deu uma olhada para o tronco do abacateiro e lá, dentro do coração, estava escrito: ANINHA e...(iau!) PÉRSIO!!! “ A aninha começou a escrever P, depois E... Vai ver ela completou o nome enquanto eu estava dormindo! Saiu de lá com o coração aos pulos...
Esperamos que vocês participem postando e comentando mais em nosso Blog não só em sala, mas também em casa. Leiam as questões que seguem e deixe registrado seu comentario.
ResponderExcluir•O que o título do texto nos sugere?
•Quais os personagens que aparecem no texto?
•Em sua opinião, Pérsio realmente virou uma árvore? Ou será que foi apenas um sonho?
•Que tal você criar um pequeno texto se colocando no lugar de Pérsio: de repente você acordou e virou uma árvore. E, agora? Como pensa, age e faz uma árvore? Quais são os sentimentos?
Meninas da Informática sou super fã do trabalho de vocês!
ResponderExcluirÉ um trabalho com diferencial; Se é informática educativa ou educacional, pouco importa, pois é uma referencia para os trabalhos do Brasil inteiro!
Continuem assim! Dando uma aula espetacular:)
Esse tema que vocês irão trabalhar será um grande apoio!!!!
ResponderExcluirEstou anciosa para ver o desenvolvimento dos meus filhos!
Gostaria que meu filho de 2 aninhos pudesse ter aula de informática!!!!!
ResponderExcluirO mais velho que tem 11anos adorava e sinto falta desse apoio no fundamental maior!!!!
Que maravilha! Agradecemos muito. É um prazer e muito gratificante poder ajudar na formação deles. Fazemos com amor. Beijos das tias!
ResponderExcluirQue maravilha! Agradecemos muito. É um prazer e muito gratificante poder ajudar na formação deles. Fazemos com amor. Beijos das tias!
ResponderExcluirMeu nome é Nicoly Brasil sou do 5°anoD, adorei e achei interessante esse texto, porque fala de um menino, Pérsio que sonhou e virou uma árvore ,ele era apaixonado por uma menina chamada Aninha que estava contando até cinquenta numa brincadeira de esconde-esconde,Pérsio se escondeu num lugar dificil e ficou com pena e se escondeu perto de um abacateiro que explicava como se fazia a fotossíntese.Se eu virasse uma árvore, eu nasceria,cresceria e morreria,teria sentimentos como todos nós, mas principalmente cuidaria do meio ambiente e fazia uma campanha com meus amigos sobre todo o planeta.
ResponderExcluirÉ claro que Pérsio não virou árvore de verdade, foi só para a gente ler e pensar como uma árvore pensa e nós fazermos algo para ajudá-las.
Somos Maria Eduarda e Victória, do 5°anoE, e adoramos essa história. O título nos diz que o menino sonhou que era uma árvore só que isto não existe na realidade e sim em sonhos, os personagens que aparecem no texto são Paulinho, Aninha, Pedro, Pérsio, Júlia e Laura, Pérsio não virou uma árvore foi apenas um sonho...
ResponderExcluirMeu nome é Filipe Matias Batista Mota sou do 5°Ano E, muito desse texto pois ele nos ensina sobre a vida de uma árvore, como ela se desenvolve e porque esse texto nos ensina sobre a natureza e como as árvores são cortadas para fazer um guarda roupa, uma cadeira e etc. O título do texto para mim significa que nós devemos salvar a natureza e pensar como é a vida de uma árvore, os personagens são: Pérsio, Aninha, o abacateiro, os amigos de Pérsio. Pérsio não virou uma árvore foi só um sonho.
ResponderExcluirSe eu fosse uma árvore, eu me sentiria estranho, mas eu tentaria descobrir como era ser uma árvore e seria a mais bonita e amiga de todas.
Adorei esta historia!
ResponderExcluirEu sou o Lucas do 4 ano C e quero saber como as professoras de informática são tão lindas Eu quero ser assim quando eu crescer... vou casar com uma delas.
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